De: Nilson Torres
Apadrinhamento Político ameaça Pacto Pela Vida!
Em 06 Dezembro 2011.
A cada eleição um tema se sobressai perante outros. Por anos, o debate sobre abastecimento d’água foi o forte do embate eleitoral, principalmente nos estados do nordeste do país. A velha figura do carro-pipa era o principal (e ainda é em alguns recantos) o forte instrumento de obtenção de voto e de crítica, pela oposição, aos gestores que não apresentavam uma solução para o problema. De uns tempos pra cá, o tema Água perdeu sua posição de primeiro colocado para o assunto Violência.
O feroz crítico do Ex-Governador Arraes, Jarbas Vasconcelos, em 1998, venceu as eleições com votação expressiva apontando três temas em sua campanha eleitoral: Precatórios, Re-estruturação do Estado (especificamente a duplicação da BR 232) e combate à violência. No item violência, fazia promessas básicas para acabar com as greves da Polícia Militar, afirmando que havia na PM insubordinação, os salários eram baixos e as condições de operações eram precárias. Há quem lembre até hoje da promessa da Polícia Computadorizada que não saiu do papel.
Com a vitória do Neto de Arraes em 2006, veio o Programa Pacto Pela Vida, uma experiência bem sucedida em Minas Gerais, adaptada ao perfil pernambucano. Em 2010, candidato à re-eleição, o Governador Eduardo Campos aplicou uma derrota humilhante ao Senador Jarbas Vasconcelos que, por falta de opção, foi obrigado a ir pro embate eleitoral, mesmo com os índices altíssimos de aprovação do atual gestor. Um dos fatores responsável por esses indicativos de intenção de voto era exatamente o programa de combate à violência.
O melhor e mais avançado Programa de combate à violência já posto em prática em alguns estados brasileiros começa a dar sinais de estagnação em Pernambuco. O Pacto Pela Vida desde o início só havia apresentado bons frutos com altíssimos índices de redução da violência e isso devido, é claro, a uma série de ações conjuntas das diversas secretarias estaduais e outros órgãos federais. Agora a violência começa a dar sinais de reação. Novas etapas precisam ser incrementadas e, dentre elas, o aumento do efetivo de policiais militares nas ruas é urgentemente necessário.
Mesmo com índices tão elevados de aprovação, quase 90%, o Governador Eduardo não consegue tomar uma decisão óbvia e simples. A qualquer cidadão comum está clara a falta de otimização do contingente militar por parte do Estado, isso perceptível simplesmente através da observação em que encontramos inúmeros policiais destacados para atuar em outras repartições públicas que não faz o menor sentido.
Instituições como Assembléia Legislativa, Ministério Público, Juizados de Pequenas Causas e Poder Judiciário que têm, inclusive, a função de segurança em seus organogramas ou dispõem de condições para contratar empresas especializadas para executar o serviço. Isso sem falar no Sistema Penitenciário, com suas Cadeias Públicas e Presídios, que ocupam grande parte do total de policiais quando o Agente de Segurança Penitenciária deveria ser o responsável. Sem citar o número excessivo utilizado na SERES para desenvolver atividades burocráticas.
A oposição não fará críticas a Campos nas próximas eleições municipais para evitar derrotas maiores, mas, caso o Governador não se utilize do respaldo popular e faça o que tem que fazer que é disponibilizar esse contingente o mais rápido possível para atender os objetivos do Pacto Pela Vida, a violência poderá ressurgir a patamares indesejáveis e será o grande calo do candidato indicado do Governador que, para atender os policiais apadrinhados politicamente, que preferiu correr o risco e quebrou a seqüência de boas ações. Violência mexe direto com o sentimento popular e isso poderá ser dito na hora do voto. Essas são ou não são as CARTAS DO JOGO?
Fonte: http://tvcriativa.com/colunas/cartas-do-jogo-laercio-emidio/1017-apadrinhamento-politico-ameaca-pacto-pela-vida.html
Apadrinhamento Político ameaça Pacto Pela Vida!
Em 06 Dezembro 2011.
A cada eleição um tema se sobressai perante outros. Por anos, o debate sobre abastecimento d’água foi o forte do embate eleitoral, principalmente nos estados do nordeste do país. A velha figura do carro-pipa era o principal (e ainda é em alguns recantos) o forte instrumento de obtenção de voto e de crítica, pela oposição, aos gestores que não apresentavam uma solução para o problema. De uns tempos pra cá, o tema Água perdeu sua posição de primeiro colocado para o assunto Violência.
O feroz crítico do Ex-Governador Arraes, Jarbas Vasconcelos, em 1998, venceu as eleições com votação expressiva apontando três temas em sua campanha eleitoral: Precatórios, Re-estruturação do Estado (especificamente a duplicação da BR 232) e combate à violência. No item violência, fazia promessas básicas para acabar com as greves da Polícia Militar, afirmando que havia na PM insubordinação, os salários eram baixos e as condições de operações eram precárias. Há quem lembre até hoje da promessa da Polícia Computadorizada que não saiu do papel.
Com a vitória do Neto de Arraes em 2006, veio o Programa Pacto Pela Vida, uma experiência bem sucedida em Minas Gerais, adaptada ao perfil pernambucano. Em 2010, candidato à re-eleição, o Governador Eduardo Campos aplicou uma derrota humilhante ao Senador Jarbas Vasconcelos que, por falta de opção, foi obrigado a ir pro embate eleitoral, mesmo com os índices altíssimos de aprovação do atual gestor. Um dos fatores responsável por esses indicativos de intenção de voto era exatamente o programa de combate à violência.
O melhor e mais avançado Programa de combate à violência já posto em prática em alguns estados brasileiros começa a dar sinais de estagnação em Pernambuco. O Pacto Pela Vida desde o início só havia apresentado bons frutos com altíssimos índices de redução da violência e isso devido, é claro, a uma série de ações conjuntas das diversas secretarias estaduais e outros órgãos federais. Agora a violência começa a dar sinais de reação. Novas etapas precisam ser incrementadas e, dentre elas, o aumento do efetivo de policiais militares nas ruas é urgentemente necessário.
Mesmo com índices tão elevados de aprovação, quase 90%, o Governador Eduardo não consegue tomar uma decisão óbvia e simples. A qualquer cidadão comum está clara a falta de otimização do contingente militar por parte do Estado, isso perceptível simplesmente através da observação em que encontramos inúmeros policiais destacados para atuar em outras repartições públicas que não faz o menor sentido.
Instituições como Assembléia Legislativa, Ministério Público, Juizados de Pequenas Causas e Poder Judiciário que têm, inclusive, a função de segurança em seus organogramas ou dispõem de condições para contratar empresas especializadas para executar o serviço. Isso sem falar no Sistema Penitenciário, com suas Cadeias Públicas e Presídios, que ocupam grande parte do total de policiais quando o Agente de Segurança Penitenciária deveria ser o responsável. Sem citar o número excessivo utilizado na SERES para desenvolver atividades burocráticas.
A oposição não fará críticas a Campos nas próximas eleições municipais para evitar derrotas maiores, mas, caso o Governador não se utilize do respaldo popular e faça o que tem que fazer que é disponibilizar esse contingente o mais rápido possível para atender os objetivos do Pacto Pela Vida, a violência poderá ressurgir a patamares indesejáveis e será o grande calo do candidato indicado do Governador que, para atender os policiais apadrinhados politicamente, que preferiu correr o risco e quebrou a seqüência de boas ações. Violência mexe direto com o sentimento popular e isso poderá ser dito na hora do voto. Essas são ou não são as CARTAS DO JOGO?
Fonte: http://tvcriativa.com/colunas/cartas-do-jogo-laercio-emidio/1017-apadrinhamento-politico-ameaca-pacto-pela-vida.html
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