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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Aposentado mata fazendeiro a golpes de foice em Candeal!!

Aposentado mata fazendeiro a golpes de foice em Candeal


Mais um crime bárbaro entra para os registros policiais. A vítima foi atacada sem perceber a presença do criminoso.

Policiais militares da 5ª Cia do 16º Batalhão prenderam em flagrante o aposentado Antonio Paulo de Almeida, 60 anos, conhecido por Antonio Bengo, residente na Fazenda Três Reunidas, no município de Candeal. Ele, após ser preso, confessou que matou com golpes de foice e facão, o contador e fazendeiro Humberto Falconere Rios, 65 anos.

O crime aconteceu por volta das 11h10, deste sábado (08), a 18 km de Candeal, na Fazenda Fontinha, de propriedade do fazendeiro morto. Humberto Falconere estava na companhia do vaqueiro José Eduardo dos Santos Silva, 41 anos, soltando cinco galinhas japonesas, dentro de um poleiro, ao lado do curral, quando Antonio Bengo, chegou de forma discreta e aplicou um golpe certeiro no pescoço da vitima, que morreu na hora e ainda tentou matar Eduardo, que pulou o cercado para se defender.

Fazendeiro Humberto Falconere Rios

Segundo o vaqueiro, Humberto Falconere chegou cedo a fazenda como acontece todos os sábados e foram prestar contas no escritório da propriedade, onde permaneceram até ás 11h. "Seu Humberto tava alegre, me chamou para soltar umas galinhas e nós caminhamos até o local. Eu estava de cabeça baixa soltando as galinhas e só ouvir o grito de seu Humberto, dizendo o que é isso? Ô rapaz. Quando olhei, só vi Antonio Benga lhe aplicando um golpe de foice. Depois de cortar o pescoço de Seu Humberto, ele disse para mim: Agora é você", contou Eduardo dos Santos.



Vaqueiro Eduardo e D.Iracema
O Vaqueiro disse que o “Bengo” o autor do homicídio, veio tão discreto, que não foi possível ouvir seus passos dentro do capim. “Ele não disse nada. Foi chegando e golpeando Seu Humberto”. O Vaqueiro disse que só conseguiu gritar por "socorro", depois que saiu do poleiro e viu Antonio Bengo, retornar para próximo do corpo de Humberto e continuar a golpear com a foice e um facão.

Dona Iracema Cerqueira, a mulher do Vaqueiro também presenciou o crime, e os dois filhos foram até o curral vê o que estava acontecendo e viram Antonio Bengo aplicando os golpes no fazendeiro. "Para com isso pelo amor de Deus", apelou desesperadamente Iracema.
Depois de ter matado o fazendeiro Bengo saiu caminhando calmamente por um estreito caminho dentro do pasto e foi para sua residência, que fica a cerca de mil metros, do lado esquerdo da BR 324, entre Tanquinho e Riachão do Jacuípe.




O homicida Antonio Paulo de Almeida - Conhecido por Antonio Bengo, irá completar 60 anos no dia 05 de junho e os dez anos de idade começou a trabalhar com José Falconere, o “Neném de Bele”, pai de Humberto e que faleceu há quarenta anos.
Com a morte de Neném, Antônio Bengo, ficou trabalhando para Humberto e seu irmão Manoel Falconere Rios. Há dez anos, Dú, como era conhecido Manoel, faleceu e as terras foram divididas e a parte pertencente à Dú, foi vendida para um fazendeiro de Feira de Santana. A casa onde mora a família de Antonio Bengo fica nesta fazenda.


A versão inicial motivadora do crime, que seria uma "intriga velha", pois, Antonio Bengo achava que o senhor Neném teria deixado uma área de terra para ele, foi descartada por Maria da Natividade, 56 anos, mulher do Bengo.
Segundo ela, Antonio tinha sido indenizado pela família quando deixou o emprego e todos se davam bem com Humberto Falconere. "Ele, (Antonio Bengo), logo cedo, foi na pista (BR 324), depois voltou em casa. Daí sumiu e só perto de meio-dia chegou com uma foice e um facão sujo de sangue e me disse: matei Humberto", contou Natividade.
Ela falou também que Antonio Bengo ficou sentado no banco da frente da casa, em baixo do varandado, por mais de uma hora, até a chegada da guarnição da polícia militar. No meio da tarde, o comandante da PM do muncipio de Candeal, soldado Brito Filho, acompanhado do Soldado Lourival e do invstigador da Polícia Civil, Alex Santos estiveram na residencia da familia de Antonio Bengo, onde recolheram alguns documentos e intimaram a esposa dele e as duas netas que estavam na casa quando ele voltou da Fazenda de Humberto, para comparecerem na segunda pela manhã para depor.
Ele está preso na 2ª Delegacia, localizada no complexo policial de Feira de Santana.


Homem bom e integro - Prevalecendo o dito popular, "todos por uma boca só", falaram sobre a personalidade do Humberto Falconeres. Contador, proprietário de um dos escritórios mais conceituados em Feira de Santana, pai de quatro filhos, três advogados e um contador, Falconere tinha o costume de ir à fazenda todos os sábados pela manhã. Caprichoso, a Fazenda Fontinha, é uma das melhores da região, com destaque especial para os pastos, cercas e a casa sede. Segundo um dos sobrinhos, conhecido por Gordo, ele tinha prazer de reunir a família, principalmente no período junino, e fazer grande festas.


Um campo de futebol, entre a casa sede e curral, era a referencia dos momentos de encontros familiares. "Homem centrado, prudente e harmonioso", assim descreveu o comerciante Raimundo Carneiro, conhecido por Chuá, proprietário de uma farmácia em Riachão de Jacuípe, sobre Humberto. Ele era membro de um familia tradicional da região, irmão de Pedro Falconere Rios, conhecido por Piroquinha, prefeito duas vezes de Pé de Serra e tio do gerente da Caixa Economica Federal, agência de Coité, também ex-prefeito de Pé de Serra, jorge Rios.

Para Pedro Falconere Rios, ex-prefeito de Pé de Serra, irmão mais velho de Humberto, ele era o "esteio" da família. Comentários positivos também foram narrados por pessoas simples, agricultores familiares da região.
O corpo de Humberto Falconere foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Feira de Santana até o fechamento da matéria não tínhamos informações do local e hora do sepultamento.

Fonte: Agência Calila

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