O extremismo não é algo só da religião, mas em seguidores de políticos desse Nordeste também. E a tática sempre é procurar alguém com a auto-estima baixa, sem dinheiro para pagar os custos da necessidades básicas de sua família, e quase à beira da depressão. Assim, uma ajuda em dinheiro, ou em um cargo público vem salvar a situação. Pela gratidão, começa a primeira ligação.
Depois surgem pequenas propostas, testando a capacidade de alienação da vítima. E depois de alguns meses, já dependente de ajudas de seu aliciador, o cidadão começa a uma verdadeira febre de fanatismo por seu falso lider. Opa, e não é assim também com os aliciadores para o extremismo religioso?
Nas regiões onde acontecem esse extremismo tem características de dificuldades sociais muito parecidas com as nossas, aqui. Clima quente, quase desértico, e dificuldades enfrentadas pelo agricultor, que mal consegue colher para comer. A pobreza impera, e a sujeição também. E nessa situação surgem os líderes que se aproveitam da miséria da população, se aproveitam da fome e das necessidade de ajuda de que carece a população. Aí, com auto-estima baixa, o cidadão tem pouca resistência a idéias radicais, ficando mais aberto a aceitá-las. Incitadores podem se aproveitar da situação, criando revoltas e criando grupos rebeldes. Então surgem os homens-bomba.
Em emio a tantas difuculdades, fica difícil gostar da vida. Fica fácil o acomentimento de depressão e desejo de morrer. Entre morrer sozinho, em um solitário e suicídio, fica fácil alguém incutir a idéia de esse suicídio ser feito em uma homenagem a uma causa, ou a uma religião. Ora, morrer sozinho ou morrer levando consigo dezenas de outras pessoas, para ele, suicida, é só um trabalhinho um pouco maior. Pelo menos a morte dele deixa uma maior comoção, ou uma comemoração, ou vira notícia.
Agora, pense bem, é diferente os homens-bomba de lá, dos homens bomba de cá? É diferente só por um pequeno detalhe, lá o estrago envolve morte real. Aqui o estrago é a morte social da vítima, e das dezenas de pessoas vítimas dos homens-bomba daqui. Esse nome, homem-bomba, a anos que se tornou muito popular por aqui. E o chefinho político, que alicia os homens-bomba é de Bin Ladem do Chaval. Um apelido muito usado a bocas miúdas. Comenta-se que das poucas coisas que o tira da sua frieza é quando alguém o chama desse apelido.
Aqui, o primeiro papel do homem-bomba, depois de aliciado com ajuda financeira ou com emprego, é ir ao banco e retirar um talão de cheques. O primeiro teste é um "me empreta um cheque teu assinado". Se esse primeiro golpe dá certo, o chefinho paga direitinho o empréstimo, pra ganhar a confiança. E então pronto, aí vem o golpe principal: "me empresta o talão todo".
Depois disso, salve-se quem puder. Acontece o festival de cheques borrachudos. Comércios falem. A justiça de abarrota de cobranças. E não raras vezes o homem-bomba quer morrer de verdade, não sei se fazendo drama. Mas tem estórias que alguns morreram mesmo por esse motivo.
E tem homens-bomba pra todo tipo de armação: para emprestar nomes para abrir firmas no intuito de dar golpes nos fornecedores, e nos impostos, e nos funcionários. Também para emprestar nomes para comprar carros para posterior locação, etc. Para emprestar carteiras de trabalho para fingir serem funcionários. Para emprestar nomes para fingir fazer trabalhos a órgãos públicos. E por "aí caminha aDESumanidade..".
Conta-se que o fato de muitas construtoras darem calotes em Chaval não seria mera coincidência, mas ao contrário, eles já vinham instruidos pelo chefinho de como dar calotes nos operários chavalenses, pois "isso nunca dá em nada".
O resultado de golpes em massa, são calotes em efeito dominó: primeiro um quebra, seus negócios e sai quebrando o seu fornecedor, que sai quebrando o fornecedor dele, etc.
Se você vai comprar alguma coisa fiado por aí, experimente se identifique como de Chaval, e veja se consegue o crédito fácil? Não consegue. A má fama de Chaval não é à tôa. Uns dois ou três vigaristas conseguem estragar a vida de toda uma população de bem.
Foi assim que Hitler surgiu como político. Havia um cenário de pobreza quase absoluta da alemanha, pois a riqueza de lá estava se esvaindo em pesadas taxas de guerra para os paises vencedores da Primeira Grande Guerra. Então, surge um incitador, fingindo ser um salvador da situação, e... (vai que cola) pois colou.
Aqui a coisa foi pior, apesar da situação ser localizada, de envolver apenas um município, e muitas vítimas das cidades vizinhas, o estrago foi grande. O pior aqui é que a situação de pobreza foi criada pelo próprio incitador. Aqui os homens-bomba surgiram da própria situação de pobreza.
Lá os nazistas não chegaram a ser dez por cento da população, mas aqui, graças a Deus, os aliciados não chegam a dois por cento. Mas os estragos são quase tão grandes quantos os de lá. Lá houve o extermínio dos judeus, mais houve crescimento da economia. Aqui existe o extermínio das atividades dos comerciantes e pequenos empresários, e destruição de muitos empregos vitais para a economia de Chaval não sucumbir. Muitos passam necessidades e nem assim liga sua má situação ao Bin Ladem de Chaval.
Lá na Alemanha as vítimas eram os judeus, os detentores dos comércios e das indústrias, e eram os geradores de empregos. Aqui os alvos são também os empresários, os detentores dos comércios e das pequenas indútrias de sal. Ou seja, são do mesmo jeito os geradores de emprego. Só que lá, uma outra situação de geração de empregos surgiu, mas aqui não.
OLá, ficamos envaidecidos de seu blog repercutir nossas matérias. Parece que o problema de exploração da miséria e da ignorância de parte de nossa população é algo muito maior, algo que transcende o Nordeste. O sertão é o sertão, cheio de problemas, tanto aqui, no litoral norte do Ceará, quanto aí, no sertão pernambucano.
ResponderExcluirObrigado por ter citado a fonte da matéria, e fique à vontade para publicar mais alguma matéria nossa.