RIO: BOMBEIROS TEM CINCO DIAS PARA RECORRER DA EXPULSÃO.
SITE UOL, no Rio.
Bombeiros expulsos por greve no Rio têm cinco dias para recorrer, diz comandante.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, afirmou nesta terça-feira (13) que os 13 militares expulsos da corporação após movimento grevista, entre os quais o cabo Benevenuto Daciolo, apontado como líder da mobilização, têm até cinco dias para recorrer da decisão do conselho disciplinar da corporação.
Porém, de acordo com o comandante, os bombeiros punidos devem apresentar "fatos novos que indiquem um equívoco" para que os oficiais responsáveis pelo julgamento dos processos considerem a viabilidade da defesa.
"A paralisação foi uma atitude incompatível com a condição de bombeiro e inaceitável na condição de cidadão. Se não temos o melhor salário, eu diria que pelo menos nós temos um bom salário. Aqueles que querem um melhor salário que busquem um melhor salário em outros cargos no Estado, que atravessa um momento de desenvolvimento fantástico", afirmou o coronel.
Simões informou ainda que outros cinco bombeiros estão respondendo a processos nos conselhos disciplinar e de justificação do Corpo de Bombeiros, e podem ser expulsos em breve. São eles um sargento e dois oficiais, que estão à espera dos relatórios dessas comissões para que o coronel Sérgio Simões possa tomar a decisão final.
Além disso, há 93 bombeiros -- que não se apresentaram em seus quartéis no dia 10 de fevereiro, data do início da greve, e não justificaram a falta -- cumprindo punição administrativa. Segundo oficiais da corporação, tratam-se de casos mais leves, e praticamente não há risco de expulsão.
O comandante do Corpo de Bombeiros argumentou que as principais acusações contra os 13 militares excluídos eram a "proposta de desmilitarização da corporação", que foi introduzida no movimento a partir da aproximação dos grevistas fluminenses com a mobilização dos policiais militares na Bahia, e a possibilidade de influência política externa.
"Constatamos o surgimento de propostas que envolviam a desmilitarização da corporação. No meio do caminho, esse movimento assumiu novas cores e passou a lidar com tendências políticas. Até mesmo em função das eleições municipais que se aproximam. (...) Trata-se de uma postura incompatível, inaceitável, que fere a honra de todos os bombeiros militares", disse.
Juntos Somos Fortes!
UMA HISTÓRIA INVENTADA: A GREVE NACIONAL DA SEGURANÇA PÚBLICA QUE ESTAVA SENDO PREPARADA.
Prezados leitores, não é segredo para ninguém que a mobilização dos Bombeiros Militares do Rio de Janeiro é a grande e, talvez, a única pedra no sapato do governo estadual. Foram esses mobilizados que dizimaram a aceitação do governo em 2011, isso após a desastrosa operação de retomada do QG do CBMERJ, comandada pelo então comandante geral, Coronel PM Mário Sérgio, isso no dia 04 JUN 2012. A reprovação do governo chegou quase a unanimidade, apesar dos esforços da grande mídia chapa branca, que apóia incondicionalmente o governo.
No final os Bombeiros foram anistiados, engavetou-se a investigação dos excessos praticados pelo comando da PMERJ contra os BMs e familiares, mas restou a mágoa no poder político, que odeia ser contrariado.A oportunidade da revanche para o poder surgiu na continuidade do movimento, uma mobilização que já dura mais de cinco anos, no denominado "movimento grevista".
Os resultados já começaram a aparecer: 13 (treze) Bombeiros expulsos, sem direito a nada, nem ao salário.
Pergunto:
Qual é a argumentação do poder para aplicar penas demissionárias (expulsões)?
Os Bombeiros e os Policiais Militares estavam articulando uma greve nacional para a segurança pública e a repressão precisou ser dura e imediata.
Usam tal argumentação até para justificar o ilegal encarceramento dos PMs e BMs em Bangu 1, ou seja, usam uma explicação fajuta para justificarem a violação de leis, decretos, direitos e prerrogativas.
Pergunto: Qual autoridade pública divulgou detalhes sobre essa greve nacional?
Qual órgão da mídia divulgou detalhes sobre essa greve nacional?
Onde (estados) ela estava sendo articulada?
Quem articulava em cada um desses estados o movimento grevista de caráter nacional?
Nenhuma autoridade; nenhum órgão; nenhum estado e ninguém são as respostas.
E por que?
Simples, isso foi fabricado, nunca existiu. Embora, possa vir a ocorrer no futuro, como eu já expliquei em artigos e vídeos postados nesse blog, mas não no momento atual.
E como foi fabricado?
Eis um exemplo:
Assistam o vídeo contendo matéria exibida no Jornal Nacional. Solicito especial atenção ao trecho compreendido entre 01:44 minutos e 02:00 minutos.
Em seguida façam uma comparação entre a transcrição que aparece na tela e o aúdio. Avancem e retornem o vídeo para que não reste qualquer dúvida.
Transcrição da TV Globo (JN) para a fala do Cabo BM:
(...) E São Paulo está para dar uma resposta e os outros estados também.
Na verdade o aúdio revela que a fala é a seguinte:
(...) E São Paulo acho também que está para dar uma resposta e os outros estados também.
Prezados leitores, muito diferente, uma diferença capital. A diferença entre a certeza e a dúvida. Além dessa verdade, observem que o Cabo BM tido como "líder" pelo governo do Rio de Janeiro cita um único estado: São Paulo. Ele próprio foi incapaz de citar qualquer outro, além dos ditos anteriormente, a Bahia onde a paralisação estava em curso e o Rio onde seria votada. Não custa lembrar que o Brasil tem 26 (vinte e seis) estados e um distrito federal.
E, em São Paulo, existe uma mobilização mínima na luta por melhores salários. O grupo de mobilizados é reduzidíssimo. Tanto isso é verdade que uma presidente de associação paulista de PMs vem ao Rio para participar dos movimentos, pois em São Paulo não existe praticamente nada.
Se vocês não acreditarem no que escrevi sobre a imobilidade dos PMs paulistas, façam uma pesquisa no google, onde verificarão que no dia 08 de fevereiro de 2012 foi realizado um ato em apoio ao PMs da Bahia e que reuniu cerca de 150 PMs apenas (link). Lembro que a PMESP é a maior do Brasil e seu efetivo é superior a 100.000 PMs (e BMs). A representatividade na manifestação foi perto de um milésimo do efetivo.
Escrito isso, penso que até que alguma autoridade pública ou algum órgão da mídia apresente os dados concretos sobre a propalada greve nacional da segurança pública, ela não passa de uma montagem, uma obra de ficção que está sendo utilizada para punir exemplarmente os Bombeiros e os Policiais Militares.
Por derradeiro, tenho que desconstruir o Cabo BM como o grande líder nacional da área da segurança pública, uma imagem que também foi criada midiaticamente para fortalecer a ficção anterior, tanto que as suas entrevistas foram e ainda são, repetidas exaustivamente pela grande mídia.
Como fazê-lo respeitando o valente Bombeiro Militar?
Penso que devo exibir um outro vídeo, esse do dia 16 DEZ 2011, data na qual o grande "líder" construído pelo sistema foi o porta voz de uma paralisação no CBMERJ, a qual começaria com uma concentração na ALERJ.
No início eu trato das medidas adotadas pelo governo e que não foram adotadas no dia 03 JUN 2011, quando da invasão do QG do CBMERJ (vídeo).
Observem o diminuto grupo de Bombeiros Militares no local (05:00 minutos). Muitos dos presentes são inativos e familiares. As delegações que estariam vindo do Interior, citadas por mim no vídeo, nunca chegaram.
Os Bombeiros retornaram para as suas casas e a paralisação não aconteceu!
Pergunto:
Como o Cabo BM que não conseguiu fazer uma paralisação na sua própria corporação e no seu próprio estado, poderia ser o articulador de uma paralisação nacional?
Uma história fabricada, nem mais, nem menos.
Se vocês não acreditam em coelhinho da páscoa, mula sem cabeça, papai noel, etc, não devem acreditar também nessa ficção.
Juntos Somos Fortes!
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