Audiência aborda exoneração de militares durante ditadura
Publicado no Diário Oficial do Estado (D.O.E.) em 31/08/2011.
O licenciamento “ex officio” de policiais militares, a
partir da década de 1970, ganhou mais dimensão ao
se tornar tema da audiência pública realizada,
ontem, pela Comissão de Cidadania e Direitos
Humanos da Assembleia. O encontro, solicitado pelo
deputado Antônio Moraes (PSDB), reuniu
representantes de entidades que defendem a
categoria; Polícia Militar; Procuradoria Geral do
Estado; Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE);
entre outras instituições.
Os profissionais foram afastados, no período ditatorial, sem direito à
defesa.
Agora, cobram o cumprimento da decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF), que determina a
revisão dos processos. Ao todo, são 1..328 homens.
De acordo com o advogado dos militares, Antônio
De acordo com o advogado dos militares, Antônio
Bartolomeu, “a categoria não deseja a reintegração,
mas a análise dos processos com direito de defesa.
Muitos desconhecem o motivo pelo qual foram
Muitos desconhecem o motivo pelo qual foram
excluídos da corporação”, explicou.
Representante do Comando da Polícia Militar, o
coronel Marcos Luiz atestou que “a revisão está
sendo feita e, tão logo seja concluída, seguirá aos
orgãos competentes para a publicação”. Cada
processo leva, aproximadamente, 15 dias para ser
apreciado.
O procurador Antiógenes Viana informou que a
demora se deve à necessidade da análise criteriosa
de cada caso.
“Nossa proposta é constituir uma comissão com
representantes da categoria e da OAB para que,
durante reunião com o procurador-geral do Estado,
possamos definir encaminhamentos ou até
modificações na legislação. O objetivo é garantir a
defesa dos militares afastados”, pontuou o
presidente da Comissão deputado Betinho Gomes
(PSDB).
Para Antônio Moraes, a ideia de rever a legislação é
“louvável”. “Discutiremos a melhor forma de resolver
o impasse”, completou.
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