Em 2011, polícia já tirou de circulação mais de meia tonelada da matéria-prima do crack, droga que se alastra pelo interior do Nordeste A quantidade de cocaína (pasta base e pedras de crack) apreendida de janeiro até agora no Estado de Pernambuco já é o dobro do volume recolhido em todo o ano passado. Em nove meses, já passa de meia tonelada da droga encontrada pelos policiais do Departamento de Repressão ao Narcotráfico. Em 2010, foram 260 quilos. "Tem crack em todo canto", diz o delegado Rodrigo Maciel, que combate o narcotráfico na região de Recife.
Segundo Maciel, os números das apreensões crescem na região metropolitana. Para ele, as rotas do tráfico estão mudando. "A droga sai da Bolívia e vem direto para o Nordeste", explica. "Antes, eles usavam São Paulo. Mas agora estão vindo direto."
O policial afirma ainda que ainda não há grandes concentrações de drogados nas ruas, como em São Paulo. "Mas para virar não custa muito", afirma, acrescentando que há também uma mistura cada vez mais frequente da maconha, produzida nas fazendas clandestinas no interior, com a pedra de cocaína. "O que eles chamam de melado, ou mesclado. Maconha e pedra juntos."
Para Glaukus Menck, delegado que comanda a divisão da Polícia Civil responsável pelo combate do crime em 24 municípios do sertão profundo, de Petrolina até as divisas com Piauí, Ceará e Bahia, "o crack já chegou a todo canto. É uma praga".
Incentivo. Menck chefia o time que age em operações conjuntas com a equipe do capitão Marcondes Ferraz, do 5º Batalhão PM. O batalhão de Petrolina é hoje o segundo colocado no ranking dos setores policiais que mais apreendem drogas no Estado, perdendo somente para o setor da capital Recife.
"Temos quase um milhão de habitantes nessa área. Petrolina concentra um terço da população e tem a maior concentração de problemas. Mas há crack em todos os municípios", conta o delegadoMenck.
O problema da droga é tão grave na região do "polígono da maconha" e outras áreas do Estado que o governo ampliou um incentivo dado a servidores da polícia que mais cumpriam mandados de prisão. O programa de gratificações foi reforçado. Todo mês o governo seleciona, por região, dez policiais que mais apreenderam crack para premiá-los em dinheiro, pago no holerite. fonte:o estadão.com.br
Jose Patricio/AE
Em recuperação. Etelvi Nascimento Silva tomou contato com o crack pela primeira vez em Floresta, interior de Pernambuco
Veja também:
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''Na bebida que conheci o crack''
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Reportagem especial publicada ontem no Estado mostrou como o crack se alastra pelo interior nordestino. Na semana passada, Maciel coordenou a operação que prendeu Maria do Socorro Oliveira, de 61 anos, que transportava, em ônibus que viajava de Fortaleza para Recife, uma bolsa na qual havia 10,4 kg de crack. "A abordagem foi na rodovia BR 101", conta o delegado, que investigava denúncia de que uma idosa estaria levando pedras do Ceará para Pernambuco.Recife deve ganhar mais três abrigos para usuários
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Segundo Maciel, os números das apreensões crescem na região metropolitana. Para ele, as rotas do tráfico estão mudando. "A droga sai da Bolívia e vem direto para o Nordeste", explica. "Antes, eles usavam São Paulo. Mas agora estão vindo direto."
O policial afirma ainda que ainda não há grandes concentrações de drogados nas ruas, como em São Paulo. "Mas para virar não custa muito", afirma, acrescentando que há também uma mistura cada vez mais frequente da maconha, produzida nas fazendas clandestinas no interior, com a pedra de cocaína. "O que eles chamam de melado, ou mesclado. Maconha e pedra juntos."
Para Glaukus Menck, delegado que comanda a divisão da Polícia Civil responsável pelo combate do crime em 24 municípios do sertão profundo, de Petrolina até as divisas com Piauí, Ceará e Bahia, "o crack já chegou a todo canto. É uma praga".
Incentivo. Menck chefia o time que age em operações conjuntas com a equipe do capitão Marcondes Ferraz, do 5º Batalhão PM. O batalhão de Petrolina é hoje o segundo colocado no ranking dos setores policiais que mais apreendem drogas no Estado, perdendo somente para o setor da capital Recife.
"Temos quase um milhão de habitantes nessa área. Petrolina concentra um terço da população e tem a maior concentração de problemas. Mas há crack em todos os municípios", conta o delegadoMenck.
O problema da droga é tão grave na região do "polígono da maconha" e outras áreas do Estado que o governo ampliou um incentivo dado a servidores da polícia que mais cumpriam mandados de prisão. O programa de gratificações foi reforçado. Todo mês o governo seleciona, por região, dez policiais que mais apreenderam crack para premiá-los em dinheiro, pago no holerite. fonte:o estadão.com.br
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