No último sábado o Governador foi cercado pelos PMs durante manifestação |
Segundo o capitão Wagner, caso o governo estadual não abra espaço para negociações com policiais e bombeiros até o próximo dia 29, cerca de quatro mil servidores paralisarão suas atividades. Uma assembleia com representantes dos sindicatos será realizada no dia 29 para definir os rumos da categoria.
Reivindicação
Os militares reivindicam, principalmente, reajuste salarial de 2012 a 2014. A proposta é, em três anos, implementar um piso mínimo de R$ 3 mil. “Hoje, existem policiais que ganham R$ 1.600. Estamos sem aumento desde 2006”, justifica o capitão Wagner. Além disso, eles reclamam a redução da carga horária de trabalho, o direito ao vale-refeição de R$ 10 e a promoção compensatória a fim de garantir ascensão profissional.
De acordo com o capitão, a segurança dos fortalezenses está garantida durante os eventos de Natal, na Capital. Mas a segurança da festa que marca a entrada de 2012, no aterro da Praia de Iracema, que prevê um público de mais de 2 milhões de pessoas, pode estar comprometida.
O vice-presidente do Sindicato dos Guardas Municipais da Região Metropolitana de Fortaleza (Sindiguardas), Corleandro Lima Silva, já manifestou apoio e adesão à possível greve. “Hoje, o trabalho da Guarda Municipal em eventos dessa magnitude acontece em conjunto com a PM. Não existem condições de a gente trabalhar sem eles. Se eles pararem, a gente também para”, declarou. Ele enfatiza que a Guarda, sem a PM, não vai conseguir garantir nem a própria segurança, inclusive porque trabalham desarmados.
O tenente-coronel Fernando Albano, assessor do Comando Geral da Polícia Militar, diz que não acredita em nenhum movimento grevista. Conforme explica, a greve, se deflagrada, é ilegal e, caso servidores sejam identificados em manifestações - armados ou não -, sofrerão sanções de natureza disciplinar. Ele pede a confiança dos fortalezenses, garantindo que um efetivo de 780 homens vai estar presente na Praia de Iracema, durante o Réveillon. Em contrapartida, o capitão Wagner avisa. “Se algum dos líderes do movimento for preso, a Polícia Militar vai aquartelar imediatamente”, promete.
ENTENDA A NOTÍCIA
Relação entre PMs, Bombeiros e governo estadual tem estado tensa no últimos dias. Ontem, capitão Wagner declarou que se as negociações almejadas não forem iniciadas, o Réveillon da Capital não terá a segurança da PM.
Saiba mais
Situação tensa
No sábado, 17, o governador Cid Gomes, durante apresentação das obras da linha Sul do Metrofor, foi surpreendido por uma manifestação de Policiais e Bombeiros. Segundo o capitão Wagner, que alegou tentativa de diálogo, o encontro lhe rendeu ameaças de represália vindas do governador. Cid indicou que a mobilização seria analisada, já que militar armado não poderia fazer manifestação.
Na última terça, 20, um grupo de policiais militares e bombeiros foi impedido de entrar nas galerias do plenário da Assembleia Legislativa. Eles foram cobrar dos parlamentares uma ação mais efetiva nas negociações entre a categoria e o governo. Sob a justificativa de que as galerias já estavam lotadas pelos estudantes de escolas estaduais, os policiais militares foram barrados, mesmo depois da desocupação do espaço pelos alunos.
SERVIÇO
Assembleia da Aprospec
Quando: 29 de dezembro, às 16h
Onde: Ginásio Poliesportivo da Parangaba
Mais informações: 3226 1523 ou 3046 5153
Fonte: O Povo
Blog da Força Tática
Porquè os salários dos Policiais não são alienados aos dos Deputados, só assim não teria greve nunca, já que os Deputados constantemente aumentam seus próprios salários, isso é que é democracia.
ResponderExcluirF.J.O.E.H.
Quixeramobim-Ceará.