EMPRESTIMOS CONSIGNADOS

Relógio

POLICIAS UNIDAS SEGURANÇA GARANTIDA

PEC 300 JÁ! OU O BRASIL VAI PARAR

EMPRESTIMOS CONSIGNADOS

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

MELHOR PARA A JUSTIÇA .!!!!!!!!!!!!!


OPINIÃO, O Estado de S.Paulo - 22/12/2011

Podem não ter fundamento, afinal, as previsões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski de que o mensalão provavelmente só será julgado em 2013 - seis anos depois da abertura do processo contra 40 envolvidos no megaescândalo do primeiro governo Lula. Incumbido de revisar o parecer do relator da ação, ministro Joaquim Barbosa, Lewandowski disse numa entrevista à Folha de S.Paulo que, "sem dúvida nenhuma", alguns dos crimes de que são acusados os atuais 38 réus terão caducado quando se concluir o julgamento. Ficou implícito que a impunidade, por prescrição do delito, sobretudo na eventualidade de penas leves para réus primários, será tanto mais espraiada quanto mais tardar o veredicto. Um escárnio comensurável com as dimensões do esquema de compra de votos no Congresso, concebido pela cúpula do PT para favorecer o seu líder instalado no Planalto.

Conhecida a entrevista - comentada nesta página na última sexta-feira, no editorial intitulado Melhor para os mensaleiros -, o presidente do STF, Cezar Peluso, fez saber que pediu ao relator que repassasse os autos aos seus pares, em versão digital, para não "retardar ainda mais" o desfecho do processo e evitar "os riscos inerentes à delonga". O revisor havia dito que terá de começar "do zero" o seu trabalho, quando, em data indefinida, receber do colega relator a montanhosa papelada em que ele terá se baseado para emitir o parecer e o seu voto. Os prognósticos pessimistas de Lewandowski fizeram lembrar que Barbosa é portador de um doloroso problema ortopédico que o obriga a se licenciar com certa frequência para tratar de sua crônica condição. Em razão disso, o editorial se perguntava por que ele não abre mão da relatoria, para que se faça Justiça a tempo.

Não era, felizmente, o que parecia. Na terça-feira, o Globo - logo seguido pelos principais jornais do País - revelou que Barbosa já concluiu e acabou de enviar ao ministro revisor o seu relatório de 122 páginas. Ele também teria terminado de redigir boa parte do seu voto. A expectativa, segundo a reportagem, é de que o julgamento ocorra em maio, quando o ministro Carlos Ayres Britto assumir a presidência do STF no lugar de Cezar Peluso. No relatório, que resume o processo, Barbosa ressalta que todos os acusados se declararam inocentes e alegaram inexistir provas contra eles - salvo o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. "O réu", especifica o relatório, "admite a prática de caixa 2 de campanha, conduta que preenche o tipo penal do art. 350 do Código Eleitoral, cuja pena é de até cinco anos de reclusão."

Em 2007, no exame do pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, de abertura da ação penal, Barbosa estruturou o seu voto favorável em capítulos, cada qual correspondendo a um dos núcleos da trama, cujo "comandante supremo", apontou, era o então ministro da Casa Civil José Dirceu. Agora, no voto em fase final de elaboração, o relator adotou o mesmo método - incluindo no núcleo central, além de Dirceu, evidentemente, o publicitário mineiro Marcos Valério, operador do esquema, e o então presidente do PT, José Genoino, que no mínimo assinou tudo que lhe era apresentado para o bom andamento da tramoia.

O ministro Joaquim Barbosa fez ainda outra coisa na segunda-feira. Mandou uma dura resposta ao ofício que recebera na semana passada do presidente da Corte para que disseminasse entre os colegas cópias eletrônicas da papelada. Foi um "lamentável equívoco", retrucou o relator, lembrando que, por iniciativa sua, "os autos, há mais de quatro anos, estão integralmente digitalizados e disponíveis (mediante senha de acesso) na base de dados do Supremo". Rebateu também a "insinuação" de demora no exame do processo de 49.914 páginas, divididas em 233 volumes e 495 apensos, contendo 650 depoimentos de testemunhas arroladas pela defesa, tomados em 18 Estados e no exterior. Ele se orgulha de ter concluído a instrução do processo em quatro anos, enquanto continuava a receber o mesmo número de processos distribuídos aos colegas. Outras ações penais instauradas no STF à mesma época, com "dois ou três réus", compara, ainda estão em curso.                                                                                                                Fonte:Mazela do Judiciario

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todo e qualquer comentário proferido neste blog é de exclusiva responsabilidade do autor. Comentários com conteúdos impróprios ou com palavras de baixo calão não serão publicados, assim como qualquer um comentário julgado ofensivo pelo idealizador deste blog.
Ao proferir comentários, você autoriza o uso de seus comentários pelo blog.