Comandante avisa que não vai permitir migração de traficantes para outras favelas
Polícia flagra caminhão de mudança que levaria eletrodomésticos de gerente do tráfico do Complexo de São Carlos para a Rocinha
Rio - O anúncio da ocupação pela polícia do Complexo de São Carlos, no Estácio, e de favelas de Santa Teresa, para a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), provocou uma fuga de criminosos. Levantamento feito pela Polícia Civil aponta que traficantes estão buscando esconderijo em pelo menos três favelas do Rio e de São Gonçalo. Ontem, um caminhão foi interceptado com eletrodomésticos que fariam parte da mudança do gerente geral do tráfico do São Carlos para a Rocinha. Para impedir a fuga, a polícia fez blitz na Ponte Rio-Niterói e em morros de Niterói e São Gonçalo.
Passava das 7h30 quando policiais do Batalhão de Choque chegaram ao São Carlos. Desde o início da semana, a PM realiza um mapeamento das nove favelas que serão ocupadas a partir de domingo. Os policiais desconfiaram de um caminhão-baú que descia a comunidade e abordaram o motorista. Ele disse que foi obrigado por um grupo de homens a levar os eletrodomésticos para a Rocinha. Segundo a polícia, a ‘mudança’ seria de Sandro Luiz de Paula Amorim, o Foca ou Lindinho, gerente do tráfico local.
“O motorista foi coagido a buscar o material na Rua da Capela, no alto do morro, e teria que entregar a uma pessoa que estaria esperando por ele na Rocinha. Ele contou que os próprios traficantes carregaram a carga para o caminhão dele”, contou um dos agentes.
Em depoimento, o motorista admitiu que terça-feira já havia transportado uma mudança do São Carlos para a Rocinha. Ele teria recebido R$ 250 pelo serviço.
O material descoberto ontem surpreendeu os agentes: duas TVs de LED, lavadoras, fogões e geladeiras, tudo novo em folha e nas caixas. Só uma das TVs, de 55 polegadas, está avaliada em R$ 10 mil. A polícia enviou ofício à loja de eletrodomésticos para saber se o material é roubado.
“Temos informações de que os criminosos iriam para a Rocinha para evitar confronto com a polícia. Essa apreensão é a demonstração de que eles estão tirando o que os interessa para montar uma casa nova”, disse o delegado Luiz Alberto Andrade, da 6ª DP (Cidade Nova).
Segundo o diretor de Polícia Especializada, Ronaldo Oliveira, não está descartada a possibilidade de ações em outros morros para prender fugitivos. Além da Rocinha, outros refúgios de traficantes seriam os morros da Pedreira, em Costa Barros, e do Salgueiro, em São Gonçalo.
Foragido é recapturado durante blitz na Ponte
Com informações de que bandidos poderiam fugir para Niterói e São Gonçalo, as polícias Rodoviária Federal (PRF) e Militar fizeram operações desde a madrugada de ontem nas duas cidades. Um foragido do sistema penitenciário foi preso e um veículo roubado, recuperado, na blitz da PRF na Ponte Rio-Niterói.
A denúncia repassada para a PRF indicava que os criminosos fugiriam do Rio, no início da madrugada, aproveitando o aumento no fluxo de veículos na Ponte pelo retorno de torcedores que foram ao jogo do Flamengo no Engenhão. Carros, motos e vans foram revistados com a ajuda de cães farejadores.
Segundo a PRF, o foragido da Justiça e ex-marinheiro Luiz Felipe Mainenti, 22 anos, condenado por roubo, estava em regime semiaberto mas não retornou à cadeia.
Em São Gonçalo, policiais do 7º BPM (Alcântara) promoveram bloqueios nas principais vias e apreenderam 35 veículos. Ninguém foi preso. Também havia informações de que bandidos oriundos de comunidades que receberão UPPs iriam se refugiar em locais do município.
Comandante avisa que não vai permitir migração de traficantes
Três morros do Fonseca, na Zona Norte de Niterói, amanheceram ontem cercados por 70 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do 12º BPM (Niterói). Segundo o tenente-coronel Paulo Henrique Azevedo, ex-comandante dos ‘caveiras’ e atualmente à frente do 12º BPM, a ação serviu como um recado claro aos criminosos: “Não tentem vir para cá porque não vou permitir que se estabeleçam aqui”.
De acordo com o oficial, o Serviço Reservado do batalhão obteve informações de que traficantes do Complexo de São Carlos e de favelas de Santa Teresa estariam tentando se refugiar em morros ligados à mesma facção, a Amigos dos Amigos (ADA).
Os morros Boa Vista, Juca Branco e Serrão seriam os esconderijos dos bandidos. “As informações davam conta de que esses locais serviriam de abrigo para criminosos que sairiam das comunidades que vão ser ocupadas. Nossa ação, além de reprimir o tráfico local, é para evitar essa migração. Se tivermos informações, vamos fazer operações”, afirmou o comandante, que pediu apoio do Bope na ação de ontem.
Na entrada da polícia, bandidos chegaram a atirar, mas não houve presos, feridos ou apreensões.
Passava das 7h30 quando policiais do Batalhão de Choque chegaram ao São Carlos. Desde o início da semana, a PM realiza um mapeamento das nove favelas que serão ocupadas a partir de domingo. Os policiais desconfiaram de um caminhão-baú que descia a comunidade e abordaram o motorista. Ele disse que foi obrigado por um grupo de homens a levar os eletrodomésticos para a Rocinha. Segundo a polícia, a ‘mudança’ seria de Sandro Luiz de Paula Amorim, o Foca ou Lindinho, gerente do tráfico local.
“O motorista foi coagido a buscar o material na Rua da Capela, no alto do morro, e teria que entregar a uma pessoa que estaria esperando por ele na Rocinha. Ele contou que os próprios traficantes carregaram a carga para o caminhão dele”, contou um dos agentes.
Em depoimento, o motorista admitiu que terça-feira já havia transportado uma mudança do São Carlos para a Rocinha. Ele teria recebido R$ 250 pelo serviço.
O material descoberto ontem surpreendeu os agentes: duas TVs de LED, lavadoras, fogões e geladeiras, tudo novo em folha e nas caixas. Só uma das TVs, de 55 polegadas, está avaliada em R$ 10 mil. A polícia enviou ofício à loja de eletrodomésticos para saber se o material é roubado.
“Temos informações de que os criminosos iriam para a Rocinha para evitar confronto com a polícia. Essa apreensão é a demonstração de que eles estão tirando o que os interessa para montar uma casa nova”, disse o delegado Luiz Alberto Andrade, da 6ª DP (Cidade Nova).
Segundo o diretor de Polícia Especializada, Ronaldo Oliveira, não está descartada a possibilidade de ações em outros morros para prender fugitivos. Além da Rocinha, outros refúgios de traficantes seriam os morros da Pedreira, em Costa Barros, e do Salgueiro, em São Gonçalo.
Foragido é recapturado durante blitz na Ponte
Com informações de que bandidos poderiam fugir para Niterói e São Gonçalo, as polícias Rodoviária Federal (PRF) e Militar fizeram operações desde a madrugada de ontem nas duas cidades. Um foragido do sistema penitenciário foi preso e um veículo roubado, recuperado, na blitz da PRF na Ponte Rio-Niterói.
A denúncia repassada para a PRF indicava que os criminosos fugiriam do Rio, no início da madrugada, aproveitando o aumento no fluxo de veículos na Ponte pelo retorno de torcedores que foram ao jogo do Flamengo no Engenhão. Carros, motos e vans foram revistados com a ajuda de cães farejadores.
Segundo a PRF, o foragido da Justiça e ex-marinheiro Luiz Felipe Mainenti, 22 anos, condenado por roubo, estava em regime semiaberto mas não retornou à cadeia.
Em São Gonçalo, policiais do 7º BPM (Alcântara) promoveram bloqueios nas principais vias e apreenderam 35 veículos. Ninguém foi preso. Também havia informações de que bandidos oriundos de comunidades que receberão UPPs iriam se refugiar em locais do município.
Comandante avisa que não vai permitir migração de traficantes
Três morros do Fonseca, na Zona Norte de Niterói, amanheceram ontem cercados por 70 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do 12º BPM (Niterói). Segundo o tenente-coronel Paulo Henrique Azevedo, ex-comandante dos ‘caveiras’ e atualmente à frente do 12º BPM, a ação serviu como um recado claro aos criminosos: “Não tentem vir para cá porque não vou permitir que se estabeleçam aqui”.
De acordo com o oficial, o Serviço Reservado do batalhão obteve informações de que traficantes do Complexo de São Carlos e de favelas de Santa Teresa estariam tentando se refugiar em morros ligados à mesma facção, a Amigos dos Amigos (ADA).
Os morros Boa Vista, Juca Branco e Serrão seriam os esconderijos dos bandidos. “As informações davam conta de que esses locais serviriam de abrigo para criminosos que sairiam das comunidades que vão ser ocupadas. Nossa ação, além de reprimir o tráfico local, é para evitar essa migração. Se tivermos informações, vamos fazer operações”, afirmou o comandante, que pediu apoio do Bope na ação de ontem.
Na entrada da polícia, bandidos chegaram a atirar, mas não houve presos, feridos ou apreensões.
Reportagem de Marcello Victor e Vania cunha
Fonte: O Dia Online.
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