Mulher testemunha crime cometido por policial em cemitério de Ferraz Vasconcelos - SP
É claro que se pudéssemos escolher entre ter e não ter criminosos no seio de nossa honesta e trabalhadora sociedade a escolha seria pela negativa, mas não necessariamente pela execução sumária. O criminoso sempre existirá em qualquer sociedade, por mais segura que ela seja. O diferencial será as suas reiterações e como estas serão tratadas. Assim, há várias coisas que não funcionam no Brasil, e isto provoca uma “bola de neve” principalmente nas questões sociais e de segurança pública. Executar um infrator da lei não resolverá a amplitude do problema existente. Vai criar mais um exatamente e unicamente para o policial militar do fato. Pergunto – valeu à pena perder 18 anos de dedicação a instituição pela execução deste infrator? Isto implica ainda em perda do controle, pois comportamento guiado por esta “filosofia” tende a gerar vício (sensação de prazer/êxtase) em tal ponto que o policial militar não será mais capaz de usar sua discricionariedade diante da pluralidade de nossa sociedade, norteando suas ações pela “filosofia” da violência com todos – “mocinhos e bandidos”. Nosso dever é apenas e tão somente o cumprimento do mandato policial outorgado pela sociedade.
Há ainda a questão da publicidade. Hoje, com a popularização do celular e câmera fotográfica digital (que também filma), é impossível qualquer ação passar despercebida, principalmente se for ilegal. O que vai decidir a divulgação será a coragem de quem registrou os fatos, que no caso desta mulher é evidente além do senso de justiça. Há anos longínquos ocorria fatos como estes e autor vivia apenas com seus fantasmas internos, sem responsabilização penal, contudo, hoje isto é impossível. Por isso, senhores policiais adeptos desta “filosofia”, reavaliem seus conceitos.
“Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo;
mas não consegue enganar todas por todo o tempo.”
Abraham Lincol
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