Deputado pede a liberdade dos bombeiros. STJ pede explicações ao governo do Rio.
O deputado federal Fernando Francischini (PSDB/PR) entrou com um pedido de liberdade para os 439 bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, por meio de habeas corpus, no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
O pedido foi recebido pelo órgão e o desembargador Haroldo Rodrigues, da Sexta Turma do STJ solicitou ao governador Sérgio Cabral (PMDB) informações sobre as prisões dos militares. As detenções ocorreram após a ocupação do Quartel Central e comando da corporação no último sábado (4).
O pedido de liminar só deve ser apreciado após a prestação das informações pelo governador. O deputado alega que há risco de lesão irreparável aos bombeiros durante a detenção porque serão transferidos para o complexo prisional de Bangu e outros estabelecimentos que abrigam presos comuns e militares processados por envolvimento com o tráfico e milícias. Francischini pede o relaxamento da prisão de todos os bombeiros. Em tese, como o ato teria sido praticado pelo governador, a competência para o habeas corpus é originária do STJ, conforme o artigo 105 da Constituição Federal.
O STJ informou que as informações do governo do Estado são necessárias porque o autor do pedido de habeas corpus não juntou qualquer documento para instruí-lo. Para o deputado, a manutenção da prisão atentaria contra a dignidade tanto dos presos quanto da população do Estado do Rio. O ato é ilegal por violar o direito à liberdade de expressão dos bombeiros, na opinião do deputado. Segundo Francischini, a justificativa do governador para a prisão necessitaria de justa causa: a irresponsabilidade dos bombeiros não constituiria crime passível de prisão e a suposta destruição de patrimônio público não poderia ser atribuída à massa de manifestantes, sem individualização das condutas.
O deputado, que também é delegado da Polícia Federal, afirma que os bombeiros ocuparam o pátio interno do quartel onde foram presos após caminhada pacífica e apenas para fins de aquartelamento. O parlamentar alega que o governo não deve esgotar as negociações e determinou a invasão do quartel de forma “precipitada”.
Fonte: R7 Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todo e qualquer comentário proferido neste blog é de exclusiva responsabilidade do autor. Comentários com conteúdos impróprios ou com palavras de baixo calão não serão publicados, assim como qualquer um comentário julgado ofensivo pelo idealizador deste blog.
Ao proferir comentários, você autoriza o uso de seus comentários pelo blog.