Agnelo é também acusado de desviar recursos do programa Segundo Tempo, quando foi ministro do Esporte, entre 2003 e 2006. A situação de Agnelo ficou ainda mais complicada depois que conversas gravadas com autorização judicial em 2010 mostraram ele prometendo ajuda ao policial militar João Dias, dono de ONGs suspeitas de desviar recursos do programa.
Daniel seria apresentado na manhã desta segunda-feira pela deputada, mas ele não compareceu.
A testemunha teria ligado às 9h e combinado com Celina que concederia uma entrevista coletiva.
Depois, afirmou que passou mal.
À deputada, Daniel teria contado que fez vários pagamentos para Agnelo na condição de representante da União Química, uma empresa da indústria farmacêutica. Na Anvisa, Agnelo era responsável por esse setor, para liberar licença de funcionamento de laboratórios. Celina apresentou o que seria um depósito de R$ 5 mil de Daniel para Agnelo, ocorrido em janeiro de 2008.
Agnelo teria recebido ainda R$ 45 mil de Daniel no subsolo da residência do petista, no local onde está a biblioteca. A parlamentar afirmou que o dinheiro seria para que Agnelo liberasse documentos para permitir o funcionamento da União Química e também a possibilitasse participar de uma licitação.
Celina afirmou também ter ouvido de Daniel que não tinha certeza do montante supostamente repassado a Agnelo ao longo desses anos.
- O Daniel não tinha certeza. Era em entre R$ 200 mil a R$ 300 mil - disse Celina.
Advogados de Agnelo teriam recebido outros R$ 500 mil da empresa.
Daniel deixou a União Química e até recentemente trabalhava na Administração de Brasília. Mas deixou esse emprego.
Segundo Celina, Daniel afirmou que vinha sofrendo ameaças. A parlamentar se prontificou a obter junto à polícia segurança para o delator.
PSOL pede que denúncias sejam investigadas
Dirigentes do PSOL se reuniram na manhã desta segunda-feira com o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o deputado distrital Cabo Patrício (PT), para pedir que sejam investigadas as denúncias de corrupção contra o governador do DF, Agnelo Queiroz.
Segundo Toninho do PSOL, presidente local do partido, Cabo Patrício se comprometeu a incluir o pedido na pauta da reunião de terça-feira da mesa diretora da Casa. Ele, no entanto, reconhece que a maioria folgada de que Agnelo dispõe na CLDF dificultará a apuração.
Toninho defende que Agnelo deve ser investigado, independentemente de as possíveis irregularidades cometidas por ele terem ocorrido antes de tomar posse como governador, este ano.
Agnelo não tem condições de continuar como governador do Distrito Federal
- Obviamente, o conteúdo da audiência foi pedir à Câmara Legislativa que tomasse as iniciativas para apurar todas as denúncias, independentemente da questão temporal. Agnelo deve responder pelo que fez no Ministério do Esporte. Que a Câmara leve a termo, se possível, a CPI, com amplos poderes para investigação. Mas a gente sabe como está a correlação de forças naquela Casa - afirmou Toninho do PSOL, completando:
- Agnelo não tem condições de continuar como governador do Distrito Federal.
Toninho lembrou que até agora apenas quatro deputados distritais assinaram o pedido de impeachment de Agnelo, menos que as oito assinaturas necessárias. Outra dificuldade para o PSOL é a falta de representação na CLDF, onde não há nenhum deputado do partido. Toninho afirmou ainda que o partido fará uma campanha de rua para conseguir apoio à causa.
Além de Toninho, se reuniram com Cabo Patrício outros quatro dirigentes do PSOL-DF: Enrique Morales, Jorge Antunes, Alexandre Varela e Chico Sant'Anna.
Fonte: CLDF
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