Na entrada do prédio do restaurante,
os estudantes expuseram fotos que
mostram alimentos e equipamentos
estragados e as condições precárias de
armazenamento.
Cerca de 80 estudantes ocupam desde a madrugada de quinta-feira (12), o Restaurante Universitário da Universidade Estadual de Feira de Santana. Eles reivindicam melhorias na qualidade da comida servida, fim do Self-Service que eles denominam de ‘Burguesão’, onde a comida é paga, e defendem que no futuro a refeição sejaservida de forma gratuita para todos os estudantes e a comunidade externa.
Na entrada do prédio do restaurante,os estudantes expuseram fotos quemostram alimentos e equipamentos estragados e as condições precáriasde armazenamento. Também há um cartaz onde eles elencam as reivindicações e defendem o fim do‘Burguesão’ com ampliação doBandejão.
Dentro do restaurante, dezenas deestudantes colocaram colchões e colchonetes para dormir e articular a permanência da ocupação que é por tempo indeterminado.
O estudante do curso de Biologia, Tiago Dias, explicou que os estudantes resolveram ocupar o Restaurante Universitário, porquehá cinco anos vem reivindicando melhorias e nada foi feito até agora. “Inconformados com isso resolvemosocupar o espaço também do Burguesão, que é o self-service pago, até para denunciar a presença da iniciativaprivada nesta universidade”, afirmou.
Ministério Público
Segundo Tiago, devido as dificuldades do Restaurante Universitário, um grupo de estudantes decidiu elaborarum relatório denunciando os problemas. Ele informou que o documento será encaminhado ao Ministério Públicoe a Vigilância Sanitária solicitando que o local seja fechado até que a situação se regularize.
Posição da reitoria
O Reitor da Uefs, José Carlos Barreto, disse que a reitoria quer manter um clima de tranquilidade, negociação e diálogo. Elereconhece que algumas das reivindicações são legítimas, mas disse não concordar com métodos que estariam dificultando os entendimentos. “Esse não é o clima que desejamos”, afirmou.
Em nota, a reitoria informou que os estudantes se apropriaram de alimentos e danificaram equipamentos e utensílios do restaurante. José Carlos Barreto disse não saber a dimensão dos prejuízos causados pela ocupação. Consta ainda no documento que um grupo de funcionários da empresa que administra o restaurante sentiram-se ameaçados e resolveram suspender as atividades.
Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade
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