Comando da PM pede prisão dos policiais militares do movimento ‘Tolerância Zero’
Coronel Rubens Pereira |
O comando geral da Polícia Militar do Piauí entrou com uma representação na Justiça Militar solicitando a prisão preventiva dos policiais militares que integram ao movimento "Polícia Legal e Tolerância Zero", que reivindica melhores condições de trabalho.
Segundo o comandante geral, coronel Rubens Pereira, a prisão será determinada aos militares que estão desacatando a decisão do Tribunal de Justiça, que decretou inconstitucionalidade do movimento.
Ainda de acordo com o comandante, todos os policiais serão notificados. "Caso todos retornem aos postos de trabalho a prisão não irá acontecer", explicou Pereira.
Neste momento, capitão Evandro, um dos líderes do movimento, encontra-se reunido com deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Piauí para tratar o assunto. De acordo com os militares, foram solicitados pedidos de prisão aos líderes do movimento. Contudo, falta apreciação do Ministério Público Militar.
"O pedido de prisão de todos os militares é uma ameaça psicológica por parte do Comando Geral. É mais uma forma de retaliação do movimento", informou a assessoria do capitão Evandro.
A categoria deseja que a reunião marcada com o governo para a tarde desta quarta-feira, dia 17, aconteça na Alepi como forma de proteção, uma vez que os líderes do movimento estão sentindo ameaçados com o pedido de prisão. "Não vamos sair daqui (Assembleia) sem que este assunto seja resolvido", relatou o comando do movimento.
Pedido de prisão causa surpresa em parlamentares
O pedido de prisão protocolado na Justiça Militar causou revolta nos policiais militares e surpresa nos deputados estaduais. "Foi uma decisão radical", avaliou o tucano Firmino Filho. "É estranho, pois estávamos esperando pela abertura de um canal de negociação", considera Kleber Eulálio (PMDB).
O Secretário de Governo, Wilson Brandão; Procurador Geral do Estado, Kildare Ronne; e Comandante Geral da PM, coronel Rubens Pereira, estão reunidos para avaliarem a revogação do pedido de prisão.
"Não vamos negociar enquanto o pedido de prisão não for retirado", comentou o capitão Evandro acrescentando que tomou conhecimento da sua prisão através do Núcleo de Inteligência da Amepi.
"O pedido de prisão de todos os militares é uma ameaça psicológica por parte do Comando Geral. É mais uma forma de retaliação do movimento", informou a assessoria do capitão Evandro.
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