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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Policiais de quatro estados discutem PEC 300 durante fórum na Pajuçara

Mobilizações estão agendadas; categoria diz que PEC segue 'empacada'

Gazetaweb - Janaina Ribeiro e Wanessa Oliveira


Policiais discutem a PEC 300 (Foto: Janaina Ribeiro)
Policiais de quatro estados e de Brasília se reuniram, na manhã desta quinta-feira (18), para mais uma discussão a respeito da Proposta de Emenda Constitucional, a PEC 300, que institui um piso nacional para bombeiros e policiais que exercem serviços militares. A discussão, que acontece no Hotel Verde Mar, na Pajuçara, pretende ainda organizar duas grandes mobilizações ainda neste ano. 

Além de Alagoas, o mesmo forum acontece em Minas Gerais. A Proposta, que já foi aprovada em primeira votação na Câmara Federal, precisa de uma segunda discussão para, só então, ser encaminhada ao Senado. O presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar de Alagoas, sargento Teobaldo de Almeida, atribui o ‘empacamento’ da PEC é atribuido ao Partido dos Trabalhadores (PT). 

“Para que seja votado em segunda discussão, tem que haver entendimento de lideranças na Câmara. São 14 partidos representados no órgão, e 13 deles já assinaram a requisição, menos o PT. Foi uma surpresa para todos nós da entidade, porque o PT sempre foi o partido que representa os trabalhadores e, agora, está se recusando a aprovar a proposta”, relata. 

Segundo o sargento, a PEC tem como objetivo implantar um piso de R$ 3,5 mil para os 27 estados da federação, além do Distrito Federal. “Para se ter ideia, os soldados em Alagoas recebem hoje R$ 1800. Em Sergipe recebe R$ 3.200 e em Brasília 5.400. Aos que já ganham mais, bom para o Estado. O que defendemos é que os que remunerem pouco tenham essa oportunidade”. Caso seja implantada, a Proposta deve beneficiar 20 mil alagoanos. 

Ainda segundo o presidente da Associação, a proposta é de que, nos dez primeiros  anos, o Governo Federal subsidie a diferença salarial, ficando a cargo do Governo do Estado se responsabilizar integralmente pelos pagamentos a partir do décimo primeiro. “Quando a União foi discutir isso com os governos, a maioria disse que não poderia assumir porque os soldados compunham a maior parte da tropa e, mesmo daqui a dez anos, eles não poderiam pagar”, afirma. 

As mobilizações programadas durante a reunião desta quinta devem acontecer no dia 29 deste mês, e outra no dia 7 de setembro durante os desfiles da Independência. “Vamos distribuir panfletos e elaborar uma manifestação pacífica, com faixas e cartazes”, explica. 

Prestando apoio aos policiais, o subtenente Sinomar José Benedito – que preside a Associação dos Bombeiros Militares do Distrito Federal – relatou ter seguido de Brasília para ajudar nas organizações das mobilizações. “Nós defendemos o piso unificafo porque sabemos que o trabalho é o mesmo. Os estados precisam atentar que funcionário melhor remunerado vai prestar serviço de segurança pública melhor e não vai precisar fazer bicos ou atividades extras”.fonte: Blog do Lomeu

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